Deolinda Guingave nasceu em 1954 em Matá, distrito de Morrumbene, filha de Samuel Sevene e de Julieta Alberto
Foi baptizada em 21 de Dezembro de 1962, na missão Santa Maria de Mocodoene.
Em 9 de Junho de 1990, casou com Fernando Sevene Matsinhe na capela de São Paulo de Matadouro, paróquia da Maxixe, onde o marido era animador da comunidade. O casamento foi abençoado pelo Frei António Afonso, Pároco da Maxixe. Foram testemunhas do matrimónio Albino Valentim e Amélia André. Aí permaneceram no tempo da guerra. Com uma participação muito activa na comunidade, fazia encontros com as mulheres, rezando e promovendo a visita aos doentes. Lia-lhes a Bíblia, ajudava na limpeza, na alimentação e no vestuário.Em 1989, o catequista Fernando Sevene e a sua família foram raptados, mas nem isso os demoveu de participarem no curso de formação de catequistas. Deolinda chega ao Centro Catequético do Guiúa juntamente com o seu marido e três dos seus filhos no início de Março de 1992. Na noite do ataque ao Centro, o seu marido escapou, provavelmente devido a um problema motor que o fazia coxear e impedia de carregar as cargas pilhadas que os raptores impunham aos sequestrados. Deolinda foi raptada e morta à baioneta juntamente com a sua filha Gina no dia 22 de Março de 1992. Dois filhos gémeos escaparam com vida e regressaram após quatro meses de cativeiro.